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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Winsor McCay, o criador da animação



Um engraçado filme de 1911, de Winsor McCay garantindo aos amigos que conseguia fazer os desenhos moverem-se.. No final faz uma pequena animação colorida provavelmente a aguarela.





Gertie, the dinossaur, 1914



Winsor McCay (1867-1934) foi um desenhador de banda desenhada e de animação.
Ele destacou-se totalmente dos outros desenhadores da altura e criou caminho para o aparecimento da Walt Disney e outros, mais tarde.
Little Nemo in Slumberland (1905-1914 e 1924-1927) foi a sua obra de banda desenhada mais conhecida, juntamente com o filme "Gertie, the Dinossaur"




Terá que se ter em conta que foram as primeiras animações de sempre e da época que era.

É engraçado ler a banda desenhada dele porque dá para se ter um pouco a noção do pensamento patente na altura, na América. Como, por exemplo, a noção de selvagem: o negro de outro continente que é visto como alguém que não se consegue comportar e não tão inteligente como o branco. O modo de vida e o modo de olhar para o mundo é visto sem qualquer questionamento por Winsor (pelo menos foi a sensação que me deu ao ler metade do Little Nemo), as boas maneiras tradicionais e de classe alta é simplesmente algo implícito e natural para ele.
No entanto, apesar da transmissão destes preconceitos ao longo da história (mais visíveis para nós agora mais tarde), é uma banda desenhada com imensa qualidade em termos de desenho e criatividade e seria excelente termos desenhadores assim desta forma hoje em dia.
Não aconselharia no entanto a crianças, a meu ver, devido ao sentido crítico em relação à sociedade que faltava ao autor.

(Será que é realmente a falta de preconceitos que ajuda um óptimo desenhador criativo passar de óptimo desenhador e criador a artista pleno? Será que foi essa liberdade que fez os artistas plásticos anteriores darem um passo ainda mais a frente que McCay? Às vezes pergunto-me se estas coisas não estarão todas relacionadas no que toca à criação artística...
Porque o trabalho dele é realmente excelente e incrível para a área e altura, mas será que nos faz questionar sobre coisas mais essenciais à vida como o de Käthe Kollwitz ou de Bacon fazem? Ou o que faz é o oposto, entreter-nos, encher-nos o olho e esquecermo-nos dessas coisas que preferimos ignorar?)



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